segunda-feira, 1 de novembro de 2010
E hoje, faremos um brinde a nossas vidas, as coisas boas e ruins que nos aconteceram, pois são com elas que crescemos.
Brindo por cada lágrima, por cada sorriso, por cada abraço...
Cada palavra amiga, cada choro descontrolado, cada vez que nos olhamos e já sabíamos o que a outra pensava, cada bronca de pai, e briga com o namorado...
Brindo também ao meu inimigo, pois ele me fortalece tanto quanto as coisas que me acontecem, mal sabe ele que cada vez que ele tenta me atingir, me pregar uma peça, saiu mais vitoriosa do que cheguei, e esse gosto de vitória, nossa, não tem igual...
Brindo aos meus pais, pois me criaram tão bem, me tornaram mulher, me ensinaram como a vida pode ser traiçoeira e como existem pedras no caminho, mas que eu nunca posso desistir, que eu nunca posso deixar de me levantar, por que cair, é normal, ainda mais quando se é humano como a gente...
Agora brindaremos aos meus amigos, que sempre estiveram do meu lado, que nunca deixaram a peteca cair, que de um jeito ou de outro estavam lá, estão com as mãos erguidas para qualquer escorregão, que se esforçam tanto para ver um simples sorriso do meu rosto, que quando estou errada me mostram o certo, e que quando estou certa, correm do meu lado, eles comemoram comigo cada vitória minha, e não deixam passar uma derrota do meu lado, sim isso sim são amigos, não importa se o vento está ou não favorável eles estão comigo, do meu lado, e aos verdadeiros, podem até não ser muito, mais são os necessários, eu faço um brinde duplo e falo, muito obrigada...
Aos meus amores eu brindo também, pois eles massageiam meu ego, me fazem sentir mais viva, mais mulher, me deixam pisar, me deixam amar, nunca me deixam sofrer, estão sempre prontos para me amar, e nunca estão fora do meu alcance, sempre em mãos, alguns são mais difíceis, duro de se conquistar, mas depois, nossa querem só me elogiar, os que são mais fáceis de ganhar, me fazem cansar, mas sempre é bom ter alguém no meu pé...
Brindo ao que sou, no começo, aquela garotinha ingênua, patricinha fútil e que deixava todos pisotiá-la, depois ela foi se dando conta de tudo que acontecia no mundo dela, dos amores, as amigas enfim tudo que ela realmente acreditou. Essa minininha cresceu, se tornou mulher, já sabe o que quer, faz as suas escolhas e não deixa ninguém interferir nelas. Essa garotinha ainda é muito sentimental mas sabe que um dia vai parar e pensar, como foi bom tudo aquilo...
Meu último brinde eu ofereço aos meus ancestrais, eles criaram isso que chamo de família, criaram a minha história, como protagonista, todo o resto é coadjuvante, eles começaram, são a base, o resto pilares, viveram tempos difíceis, passaram por coisas que ninguém gostaria, mas tudo para deixar uma boa herança para família e não falo apenas em valores economicos, mas também em riquezas culturais, na essência, as coisas simples e complexas ao mesmo tempo...